os sete hp e beedle, o bardo
Enfim terminei o que havia proposto durante meu período de licença de saúde: ler na sequência a série Harry Potter, de JK Rowling. Antes que me condenem por ler livros de criança (adolescente), best seller que todos já conhecem a história, devo ressaltar que sou fã da saga do bruxinho da cicatriz.
Quaisquer que sejam as críticas, um fato é inegável. Rowling foi brilhante ao criar um mundo mágico personificado pelo personagem principal. Que pré-adolescente ou criança nunca se sentiu isolado, diferente, com aquele desejo de ser especial, longe do lugar-comum? É exatamente o que Harry obtém, na noite de seu aniversário, a certeza de que não é igual aos outros. A grande sacada da autora foi conseguir de forma ímpar misturar a fantasia de Hogwarts com questões universais como amor, amizade, família e lealdade.
Não vou resumir as tramas, acredito que o bom leitor já deve ter pelo menos lido algum exemplar de HP à vista. Confesso que foi a curiosidade que me levou à obra. A irmã caçula de uma amiga era fanática pela série, que recém chegara acredito que ao terceiro volume. Ciumenta, ela não emprestava para ninguém, só pude folheá-lo rapidamente. Resolvi então, numa livraria, ler algumas páginas. Achei interessante, mas deixei para lá.
Depois de algum tempo, comprei os três primeiros livros em promoção por impulso. Li o primeiro, em seguida o segundo, por fim, o terceiro. Fiquei encantada! Que grande ideia, que ótima trama! Ansiei pelos novos como as crianças e adolescentes. Vi os filmes notando as diferenças entre mídias. Admito, fiquei fã.
baú desejável
Porque HP, Rony e Hermione são personagens irresistíveis. Amigos leais, crianças que crescem, aprendem, aprontam, sofrem, brigam e fazem as pazes. E nesse meio tempo lutam contra a ameaça do Lord das Trevas. É fascinante descobrir os meadros de Hogwarts, as particularidades do mundo bruxo, os feitiços, as poções, as criaturas extraordinárias. Como não querer participar de um chá rodeado de criaturas estranhas e quitutes duvidosos na casa de Hagrid? Como não se encantar com o expresso que leva à escola ou desejar poder experimentar o Chapéu Seletor e descobrir, enfim, para qual casa se vai? O livro tem isso de bom, te leva à infância em questão de segundos. Invejo essa geração que pode crescer em companhia desses personagens.
Meus livros prediletos são, em ordem, HP e o Prisioneiro de Askaban, e HP e o Enigma do Príncipe. O primeiro, porque me causou enooorme surpresa: de repente, a reviravolta. Foi emocionante descobrir a verdade. O segundo porque é onde começamos a conhecer um pouco mais de Snape – ainda que só se descubra que o tal príncipe mestiço é ele no fim.
Mas há passagens interessantes em todos, claro. Gosto da cena de ciúmes de Rony, quando este descobre que o acompanhante de Hermione no baile não é ninguém menos que o astro do quadribol Viktor Krum; adoro as passagens sobre as aulas de feitiço, herbologia e transfiguração; os objetos mágicos; os quadros que se mexem; as listas de livros e material escolar; Bichento, Edwiges e outros animais mais raros… Realmente, um mundo bem construído em que Rowling valoriza todos os detalhes.
Mas não posso deixar de falar também de Os Contos de Beedle, o Bardo. Considero uma grande despedida dos personagens que acompanhamos por sete anos. Enriquecedora ainda com os comentários de Dumbledore sobre cada conto. É uma pequena obra para ler e reler, mais ainda que a série HP. Mas Beedle é assunto para um próximo post… Por hora, recomendo principalmente para adultos essa leitura. Quem sabe assim não podemos olhar o mundo por uma ótica mais mágica?